De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares configuram-se como um das principais causas de óbito do planeta. Pasme: são mais de 17 milhões de pessoas que morrem, por ano, devido a problemas do coração. No Brasil, a cada 40 segundos, falece uma pessoa por doenças relacionadas ao coração.
Não à toa, doenças cardiovasculares são um tema recorrente. Afinal, a prevenção é a melhor forma de evitar problemas no futuro, concorda? Além do mais, a adoção de práticas saudáveis é sempre o melhor caminho, uma vez que não só reduz os riscos de ataques cardíacos, como promove um estilo de vida com mais qualidade.
Interessou-se pelo assunto e quer saber mais? Elaboramos um conteúdo especial! Aqui, você vai encontrar as principais causas de infarto, suas principais características e algumas estratégias para evitá-lo. Também abordamos o que fazer quando estiver em uma situação de infarto. Continue a leitura e aprenda tudo sobre o tema.
O que é infarto?
Como já dito, o infarto é uma das principais causas de morte — tanto no Brasil quanto no mundo. Inclusive, as doenças cardiovasculares são responsáveis por nada menos do que 30% das mortes no país. Número impressionante, concorda?
Por isso, muito se fala sobre a importância de manter a saúde do coração e, assim, evitar problemas cardiovasculares e, sobretudo, o tão temido ataque cardíaco, mais conhecido como infarto. Mas será que você realmente sabe o que isso significa?
O infarto nada mais é do que o interrompimento do fluxo sanguíneo para o coração, o que impede que o órgão receba oxigênio suficiente para se manter ativo. O resultado é a danificação ou a morte do músculo cardíaco.
Pacientes com diabetes, pessoas com hipertensão arterial, obesos e aqueles que têm arritmia cardíaca estão inseridos no grupo de risco da doença. Vale frisar que o atendimento imediato é indispensável, uma vez que o infarto pode levar a pessoa ao óbito.
Quais são os sintomas?
Dor no braço direito pode ser infarto? Essa é uma das primeiras características associadas à doença. O infarto, normalmente, pode ser rapidamente identificado, uma vez que tem sintomas bem específicos, como: dor no peito, tontura, sensação de ansiedade, falta de ar, vômitos e sudorese.
Contudo, há casos de pessoas que infartam sem sinais claros. Elas nem mesmo sentem dor no peito, que é o principal indício de um ataque cardíaco. Além disso, é importante ressaltar que as características de um infarto em mulheres são atípicas, havendo relatos, por exemplo, de falta de ar, mas sem dor; agulhadas no peito ou até mesmo a sensação de queimação.
Nesse sentido, tanto homens quanto mulheres que notarem dores nessa região com duração de mais de 20 minutos devem procurar orientações médicas. O problema pode ser mais grave do que você imagina.
Quais são as causas de infarto (fatores de risco)?
O infarto é originado quando as artérias ficam bloqueadas; isto é: quando o sangue é impedido de circular. Isso ocorre devido ao acúmulo de substâncias, incluindo o mau colesterol, nas paredes dos vasos.
Com o acúmulo dessas substâncias, a artéria pode se estreitar, gerando a Doença Arterial Coronariana, umas das principais causas de infarto.
Durante o ataque cardíaco, as placas formadas por tais substâncias podem romper e acabar caindo na corrente sanguínea. É aí que se formam os coágulos de sangue, impedindo que haja um fluxo suficiente de sangue no músculo cardíaco.
Também existe a possibilidade de o infarto ser ocasionado devido a um espasmo da artéria coronária, que rompe por completo a circulação sanguínea que vai até o coração.
Agora que já sabe quais as causas de infarto, verifique, a seguir, alguns fatores de risco:
Tabagismo
Algumas substâncias do cigarro facilitam o acúmulo de gorduras nas paredes dos vasos, além de acelerarem a formação de coágulos. Esse é o cenário ideal para o ataque cardíaco. Vale frisar que, independentemente de fatores genéticos, um fumante tem muito mais risco de ter um infarto do que uma pessoa que não fuma.
Álcool
Acredite: o consumo de álcool pode aumentar em até 40% as chances de um ataque cardíaco. Isso é o que aponta um estudo feito pela Universidade da Califórnia em São Francisco. A pesquisa avaliou mais de 14,7 milhões de pessoas para chegar ao resultado.
Contrariando o senso comum de que pequenas doses de álcool previnem doenças do coração, o levantamento apontou que até mesmo o consumo moderado da substância pode gerar danos cardíacos, como fibrilação atrial.
Obesidade
Muito mais do que a aparência: a obesidade também afeta a saúde, inclusive o coração. Como? Em pessoas obesas, o coração tem um trabalho muito maior de bombear o sangue.
É importante ressaltar também que o índice de hipertensão é muito mais elevado em obesos. E, como já se sabe, esse fator contribui para o infarto.
O raciocínio é simples. O aumento de gorduras no sangue torna viável o seu acúmulo nas paredes dos vasos, o que causa o entupimento. Logo, o sangue é impedido de circular.
Hereditariedade
Assim como a diabetes, os ataques cardíacos podem ser um resultado da sua árvore genealógica. Se, na família, existem parentes próximos com doenças cardiovasculares, como infarto ou angina, é preciso redobrar o cuidado, sobretudo se eles foram operados antes dos 60 anos.
Aspectos genéticos são relevantes para saber qual a margem de possibilidade do desenvolvimento da doença.
Sedentarismo
Quem acha que o sedentarismo vai apenas gerar aqueles quilinhos extras está equivocado. Pessoas inativas fisicamente são mais propícias a desenvolver algumas doenças, sobretudo aquelas relacionadas ao coração — o infarto, por exemplo.
Por isso, a prática de atividade física é essencial, uma vez que não só contribui com a sensação de bem-estar e aumenta a autoestima, como melhora, de forma geral, a sua saúde. Em outras palavras, a realização de exercícios promove mais qualidade de vida.
Não se esqueça de que a prática de atividades — seja musculação, sejam esportes — ajuda a controlar a diabetes, o colesterol alto e a obesidade, assim como reduz a pressão arterial sanguínea, o que, por si só, já é uma grande vantagem.
Hipertensão
A carga de trabalho do coração é ampliada em pessoas que têm a pressão acima do normal, o que faz com que o músculo cardíaco engrosse e fique mais rígido.
Com esse enrijecimento, adivinhe só o que acontece: o órgão não funciona direito. Esse cenário é apropriado para o surgimento de algumas doenças, como: AVC, infarto, insuficiência cardíaca congestiva e insuficiência renal.
A hipertensão associada à obesidade e aos demais fatores de risco, como tabagismo, aumenta, e muito, as chances de infarto e outras doenças cardiovasculares.
Diabetes
Sabia que diabéticos têm mais propensão a desenvolver doenças cardiovasculares? As pessoas com diabetes, normalmente, estão acima do peso, além de necessitar de um controle permanente da taxa de açúcar no sangue, para que a situação não piore. Perceba, aqui, que os fatores de risco estão interligados.
Como fazer a prevenção?
Como já alertava a sabedoria popular, é melhor prevenir do que remediar. Essa é uma máxima quando se trata de doenças do coração. O ideal é manter uma rotina equilibrada e adotar ações que reduzam o risco de ataque cardíaco. Inclusive, existem atitudes que são verdadeiras aliadas nesse processo. Quer saber quais são elas? Continue a leitura!
Administre a pressão
Como já dito, a pressão alta causa um aperto nos vasos, fator que resulta em um esforço extra do músculo para bombear o sangue. A longo prazo, essa situação pode ocasionar o infarto, assim como a falência renal ou até mesmo derrame.
Por isso, é importante controlar a pressão. O primeiro passo é reduzir a ingestão de sal. A perda dos quilinhos extras também ajuda.
Outra ação que vai apresentar resultados positivos é adotar um estilo de vida mais saudável, com a prática regular de exercícios. Os esportes e demais atividades físicas melhoram a circulação do sangue e contribuem com o bom funcionamento do coração. Além do mais, os exercícios regulam os níveis de hormônios que aumentam a pressão.
Reduza o colesterol
A produção em excesso de colesterol pode resultar no acúmulo dele nas artérias, cenário ideal para o surgimento de placa. Nem é preciso dizer, aqui, o que acontece quando as artérias entopem por completo, certo?
É nesse contexto que entendemos a importância de reduzir o colesterol ruim, chamado LDL. O recomendado é que ele fique abaixo dos 100 mg/dl de sangue. Para pessoas com alto risco cardiovascular, a meta é ainda mais rigorosa: o LDL não deve ultrapassar 70 mg/dl.
Acredite: quanto menor o índice de LDL no sangue, menor o risco de complicações no coração! Um bom motivo para cuidar melhor do colesterol, não é mesmo?
Adote uma alimentação balanceada
Você já deve ter ouvido diversas vezes sobre a importância de manter uma dieta equilibrada. Se tantos falam, é porque, de fato, a alimentação tem um papel vital sobre a saúde. Ela está diretamente relacionada à qualidade de vida.
Pessoas com hábitos alimentares saudáveis têm uma vida mais plena e harmoniosa e chegam à terceira idade a todo vapor. Isso sem falar que uma dieta balanceada evita o surgimento de diversas doenças, inclusive as relacionadas ao coração.
Frutas e hortaliças são itens que fortalecem o músculo cardíaco. Por isso, não pense duas vezes antes de introduzi-las no seu cardápio. O consumo de aveia também é indicado, já que ela é responsável por controlar os níveis de gordura no sangue, assim como melhorar o funcionamento do intestino. Por isso, aposte em vegetais e arroz e pães integrais.
Também vale a pena substituir a carne vermelha — que, na maioria das vezes, é fonte de gordura saturada — por carnes brancas, como aves e peixes. Trabalhe, inclusive, com a ideia de alguns pratos veganos ou vegetarianos. A sua saúde, assim como os animais, agradecem
Controle a diabetes
Tudo em excesso faz mal, concorda? O quadro fica ainda mais grave quando se trata do açúcar. Em grande quantidade, a sacarose deixa o sangue viscoso, e ele começa a transitar com lentidão. O resultado? O aparecimento de coágulos.
Além do mais, pessoas com diabetes enfrentam problemas com a balança. E o que isso tem a ver com o infarto? É simples. O excesso de gordura no abdômen, normalmente, indica a presença de substâncias inflamatórias, que afetam a circulação. E, como você já sabe, a falta de circulação ocasiona o ataque cardíaco.
Ficou claro, agora, como a diabetes influencia no infarto, certo? Por isso, mantenha a doença controlada.
Elimine o estresse
Já sentiu tanta raiva e nervosismo que pensou que ia ter um ataque cardíaco? Essa sensação pode se tornar realidade. A ansiedade, atrelada ao estresse, aumenta os níveis de adrenalina e cortisol, hormônios que aceleram os batimentos cardíacos e contraem os vasos. Isso culmina no aumento da pressão arterial.
A persistência dessa situação, como se pode imaginar, eleva cada vez mais a pressão. Como uma reação em cadeia, isso aumenta as chances de doenças cardiovasculares, como AVC e infarto.
Não deixe que situações externas afetem o seu humor. Lembre-se de que o seu corpo, diante dos inúmeros estresses, pode ser uma bomba-relógio prestes a estourar. Para lidar melhor com as pressões diárias, pratique atividades que estimulem a mente e promovam a tranquilidade, além de regular os sentimentos. Yoga, meditação e pilates são excelentes opções.
Além do mais, evite se colocar em situações que você sabe que são um gatilho de estresse para você. No mais, fique perto da sua família e de pessoas queridas. O seu coração, assim como o cérebro, sentiram o efeito positivo disso.
Como fazer os primeiros socorros?
Sabia que os primeiros socorros para o infarto podem diminuir as sequelas ou até mesmo salvar a vida da pessoa que está em risco? Por isso, é importante seguir os passos que apresentamos abaixo. Confira!
Reconheça os sintomas
Como já dito, em alguns casos, a doença não apresenta sinais claros. Contudo, existem sintomas que são bem característicos de um ataque cardíaco. Então, caso você note que a pessoa está com algum dos indícios apresentados anteriormente — sobretudo, dor no peito que permaneça por mais de 20 minutos —, é hora de ligar o sinal vermelho.
Chame a ambulância
Cada segundo conta. Você deve correr contra o relógio. Quanto mais rápido for o atendimento, maior a chance de sobrevivência do paciente. Por isso, não pense duas vezes para chamar a ambulância — seja de hospital público, seja de atendimento particular. O importante é agilizar o processo e contar com o auxílio de um profissional da saúde.
Tranquilize a vítima
Um dos sintomas do infarto é o excesso de ansiedade ou agitação. A vítima tem a sensação de que vai morrer — isso sem falar na falta de ar. O quadro vai ficando cada vez mais grave, uma vez que a agitação pode piorar os sintomas. Cabe ao acompanhante, então, tranquilizar a vítima. Solicite que ela respire calma e profundamente.
Além do mais, evite que se forme um aglomerado de gente ao redor da pessoa, até porque ninguém quer ser o centro das atenções em um momento tão complicado, não é mesmo?
Afrouxe a roupa
Em seguida, verifique se não tem nada apertando a vítima. O indicado é relaxar os cintos, os botões e os demais acessórios.
Veja, também, a possibilidade de deixar a pessoa sentada ou deitada, de preferência em um local ventilado e calmo.
Ofereça duas aspirinas
A aspira é responsável por reduzir a coagulação e melhorar a circulação. Porém, tem uma ressalva: o comprimido de aspirina (AAS) só pode ser fornecido caso a pessoa nunca tenha tido infarto prévio e não tenha alergia.
Colha breves informações relacionadas ao histórico médico da pessoa que está sofrendo um infarto. Se a vítima já fizer acompanhamento com cardiologista, o profissional pode ter receitado um medicamento com nitrato para emergências. Isordil e Monocordil são algumas das possibilidades. Se for o caso, substitua as aspirinas por esses comprimidos.
Fique atento se ocorrer um desmaio
A vítima desmaiar não é o fim do mundo; contudo, é preciso que você redobre a atenção. Inicialmente, deite-a em uma posição confortável. O ideal é deixar a pessoa com a barriga para cima ou de lado. Não se esqueça de checar sempre os batimentos cardíacos e também a respiração.
Se notar que o coração parou de bater, realize a massagem cardíaca até que o socorro chegue.
E quando é você quem está tendo um infarto?
De repente, você acha que está infartando e não tem ninguém por perto. Aí surge a questão: o que devo fazer agora? Acredite: você consegue resolver a situação sozinho. É claro que o auxílio de uma pessoa tornaria o processo mais fácil, mas não é preciso criar pânico — até porque o desespero não vai ajudar em nada. Pelo contrário: apenas atrapalha.
O primeiro passo é ligar para o Samu. Caso você esteja dirigindo, pare o carro na hora. Nada de esperar para depois. No primeiro lugar seguro que achar, estacione o veículo, lembrando — é claro — de ligar o pisca-alerta e fazer a devida sinalização com placas. Afinal, você não quer causar nenhum acidente, não é mesmo?
Parece quase impossível diante de uma situação de estresse, mas o ideal aqui é manter a calma e tentar relaxar. Faça um controle da respiração. Assim, vai chegar mais oxigênio aos seus pulmões. Além do mais, ao respirar de maneira mais calma, você consegue reduzir a velocidade dos seus batimentos cardíacos.
Em relação à aspirina, tente mastigá-la, por mais que o sabor não seja nem um pouco atrativo. Ao mastigá-la, em vez de engoli-la inteira, ela surtirá efeito mais rapidamente. Lembre-se de que cada segundo faz toda a diferença.
Não caia no erro de ingerir alimentos ou líquidos, uma vez que eles podem gerar complicações e atrapalhar o trabalho dos paramédicos. No mais, leve em consideração as demais dicas, como: deitar ou sentar e também desapertar as roupas.
Caso já tenha um diagnóstico de alguma doença do coração, é sábio manter por perto os remédios indicados pelo seu médico. Se o quadro for severo, avalie a possibilidade de manter um cilindro de oxigênio na sua própria casa.
Procurando ajuda médica
Para início de conversa, nunca se automedique ou interrompa os remédios indicados pelo seu médico. Ele acompanha a sua história e o conhece suficientemente bem para receitar os medicamentos mais apropriados, levando em consideração as suas necessidades e, claro, sua herança genética.
Nesse sentido, ele é a pessoa apropriada para dizer qual remédio, dosagem e duração da medicação adequados para o seu caso. Lembre-se de que ele tem toda a bagagem e conhecimento necessários para indicar o tratamento mais compatível.
Além do mais, tenha em mente que, no pós-infarto, é preciso ter um período de recuperação. Com a ajuda de profissionais da saúde, o paciente que sofreu um ataque cardíaco deve recuperar-se tanto física como mentalmente.
No começo, é recomendado realizar sessões de fisioterapia, para que você restaure gradualmente o seu condicionamento físico, de forma que seja possível voltar a executar normalmente as atividades do dia a dia. Além do mais, é essencial fazer um acompanhamento médico regular para reduzir os riscos de outros episódios de infarto no futuro.
Fato é que o infarto pode ocorrer a qualquer hora e em qualquer lugar — seja no trabalho, seja realizando um hobby. Aliás, ele pode ocorrer até mesmo quando você estiver descansando ou dormindo.
Além do mais, existe a possibilidade de o infarto ser fulminante, levando a pessoa ao óbito, ou de demorar dias para que a vítima sinta alguma alteração, aspecto que pode tornar a situação ainda mais grave. Por isso, é importante não ignorar os sinais. Caso veja que algo está errado, por mais simples que pareça, procure ajuda médica.
Outro ponto importante, aqui, é não confundir a parada cardíaca com infarto, pois eles não são sinônimos. O primeiro, como o próprio nome sugere, ocorre quando o coração para de bater. Isso acontece devido a um distúrbio elétrico no coração que interrompe sua ação de bombeamento. Um infarto, na verdade, pode resultar na parada cardíaca. De toda forma, torne o ato de ir ao médico um hábito, pois ele vai saber como lidar com cada caso.
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