O diabetes é uma doença crônica que modifica o modo como o organismo utiliza a glicose dos alimentos, devido à falta do hormônio insulina. Apesar de existirem os diabetes tipo 1 e 2, essas doenças se manisfestam de maneiras diferentes, tendo apenas um ponto em comum: o excesso de açúcar no sangue.
Para esclarecer mais sobre o assunto, acompanhe a leitura deste guia, que traz as principais diferenças entre diabetes tipo 1 e 2 e os fatores de risco!
Como é feito o diagnóstico do diabetes e quais os principais tipos?
Por meio de um exame de sangue simples é feito o diagnóstico sobre o diabetes. É coletada somente uma gota do elemento e depois de alguns segundos, já é possível saber se há alguma alteração na taxa de glicemia.
No caso de haver um resultado positivo, vai ser necessária a realização de outros exames, mais completos.
Para obter a confirmação do resultado e, consequentemente, iniciar o tratamento, o endocrinologista deve solicitar o teste oral de tolerância à glicose, conhecido como Curva Glicêmica. Esseexame é feito em diversas etapas, nas quais são recolhidas amostras de sangue de 30 em 30 minutos, sendo que durante os intervalos, a pessoa deve ingerir xarope de glicose.
A seguir, entenda o que é diabetes tipo 1 e 2!
Diabetes tipo 1
O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, que faz com que o corpo ataque as células beta, responsáveis pela produção de insulina. Logo, com a falta desse hormônio no organismo, a glicose oriunda dos alimentos vai ficar acumulada no sangue, provocando as conhecidas complicações do diabetes.
No início, a doença pode não apresentar sintomas evidentes. Porém, em alguns casos podem surgir alguns indícios claros, como vontade constante de urinar, comer ou beber algo, além de emagrecimento sem motivo aparente.
Em geral, o diagnóstico é dado na infância, na adolescência ou em adultos jovens, uma vez que é mais fácil ocorrer modificações no sistema imunológico. O tratamento para esse caso costuma ser feito com aplicações diárias de injeções de insulina, assim como a manutenção de uma alimentação pobre em açúcar e limitada quantidade de carboidratos.
Além disso, é importante destacar que os diabéticos precisam praticar atividades esportivas com regularidade, sempre sob a orientação de um profissional capacitado. Desse modo, vai haver um controle mais rigoroso dos níveis de açúcar no sangue, fato essencial para manter o metabolismo funcionando de maneira adequada 24 horas.
Diabetes tipo 2
O diabetes tipo 2 é mais comum que o tipo 1, principalmente em pessoas na terceira idade ou que tiveram maus hábitos de vida ao longo dos anos, como o consumo exagerado de açúcar, o sedentarismo, a obesidade, além de razões genéticas, que são agentes que provocam defeitos na produção e na ação da insulina no organismo.
Em geral, esse tipo de diabetes acomete indivíduos adultos, sendo que nos primeiros anos não provoca sintoma algum, ou em outras palavras, se manifesta de modo silencioso. No entanto, em casos considerados extremamente graves costuma acarretar os seguintes sinais:
- sensação de sede e fome a qualquer hora do dia e da noite;
- vontade constante de ir ao banheiro para urinar;
- emagrecimento rápido sem motivo aparente;
- demora para cicatrizar feridas;
- dificuldade para enxergar com nitidez (visão turva e/ou embaçada);
- fadiga em excesso.
Em geral, antes do diabetes acometer um indivíduo, ele, provavelmente, já teve picos de glicose alta no sangue por muitos meses ou anos consecutivos, denominado na medicina como pré-diabetes.
Em casos assim, é possível bloquear o avanço da enfermidade por meio de mudanças nos hábitos alimentares, assim como a prática de exercícios físicos feitos na maioria dos dias da semana.
O tratamento do diabetes tipo 2 segue a administração feita à base de remédios para controlar a glicemia, receitados pelo médico responsável e de acordo com a necessidade de cada paciente.
No entanto, dependendo do estado de saúde do portador da doença ou das taxas de glicose na corrente sanguínea, o endocrinologista pode recomendar a aplicação de doses diárias de insulina até que o paciente esteja completamente estabilizado.
Ademais, também é fundamental que ele mantenha uma alimentação controlada, livre de gorduras, açúcares e carboidratos, aliada à prática de atividades físicas no dia a dia, tendo em vista que essas medidas são imprescindíveis para garantir o controle adequado da doença e, consequentemente, evitar problemas, que muitas vezes são irreversíveis.
Quais características diferenciam o tipo 1 do tipo 2?
Até aqui vimos que o diabetes é uma enfermidade que atinge 16 milhões de indivíduos somente no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes. Apenas nos últimos dez anos, houve um aumento de casos de aproximadamente de 60%.
Embora esteja associado ao consumo excessivo de açúcar, a principal causa da diabetes é a obesidade, que tem sido uma das maiores responsáveis pelo surgimento da enfermidade. Além disso, o problema apresenta outros sinais já mencionados neste post, como o excesso de sede, vontade constante de urinar, seja durante o dia, seja durante a noite, visão embaçada e fadiga.
Há diferenças entre diabetes tipo 1 e 2, sendo a primeira uma doença autoimune que surge mais nos períodos da infância ou adolescência, que pode ser diagnosticada, em alguns casos, na fase adulta também.
Esse tipo costuma ser tratado com aplicação diária de insulina, medicamentos específicos, mudanças nos hábitos alimentares e a prática regular de atividades físicas moderadas, cujo objetivo é auxiliar no controle do nível de glicose no sangue.
Já o tipo 2 ocorre quando o corpo não consegue usar de maneira adequada a insulina que produz normalmente ou, ainda, não produz hormônio suficiente para controlar a taxa de açúcar na corrente sanguínea. Esse tipo é mais comum em pessoas obesas e sedentárias.
Quais os outros tipos de diabetes?
Além do diabetes tipo 1 e 2, existe o diabetes gestacional, que pode ocorrer durante a gravidez, desaparecendo, na maioria das vezes, após o nascimento do bebê.
Porém, algumas mulheres podem desenvolver o diabetes tipo 2 depois da gravidez, sendo que elas apresentam sinais da enfermidade ainda no período gestacional. Isso vai exigir um severo acompanhamento médico, que vai monitorar, todo o tempo, os riscos tanto para a saúde da mãe quanto para a o filho.
As gestantes obesas, as que deram à luz filhos com mais de 4 quilos ou que já tiveram diabetes gestacional apresentam mais chances de apresentarem esse tipo de doença. As que têm parentes com diabetes, as sedentárias, as fumantes, as que têm altas taxas de colesterol ruim, entre outras condições, também estão sujeitas a desenvolver esse tipo da doença.
O tratamento do diabetes gestacional vai depender do tipo de doença que a pessoa desenvolveu. No diabetes do tipo 1, o indivíduo vai ter que tomar injeções de insulina para o resto da vida, além de comer de maneira adequada, se exercitar com regularidade e tomar insulina diariamente, sempre sob a orientação do endocrinologista.
Nos casos de diabetes tipo 2, o paciente também deve fazer dieta, praticar exercícios físicos, ministrar corretamente as medicações prescritas pelo médico, entre outras ações. Já no diabetes gestacional, a gestante deve seguir as orientações dadas pelo médico, pois existe risco de o bebê apresentar problemas logo após o nascimento.
Que práticas são recomendadas para os diabéticos?
Prática de atividades físicas
Além do uso de medicamentos, seja via oral, seja via injetável, o portador de diabetes dos tipos 1 e 2 precisa fazer constantemente teste de glicemia, praticar atividades físicas regularmente, assim como manter uma dieta balanceada para o resto da vida.
São vários os exercícios recomendados, uma vez que eles proporcionam benefícios visíveis e garantidos. A prática de esporte resulta em um controle mais eficaz da enfermidade, que, sabemos, se caracteriza pelo aumento do nível de glicose no sangue e outras complicações, principalmente vasculares.
Assim sendo, podemos listar as vantagens das atividades esportivas em períodos de tempo com um treinamento regular.
Os exercícios de curto prazo aumentam a ação de insulina no organismo, além de fazerem com que os músculos captem mais glicose, o que é importante para melhorar a performance do diabético e, ainda, diminuir os níveis de açúcar no sangue para não causar as clássicas complicações do diabetes.
Já as atividades de longo prazo promovem melhorias das vias coronárias e respiratórias, aumentam a taxa de colesterol HDL, reduzem a gordura corporal, controlam a pressão arterial e reduzem os problemas relacionados às doenças cardiovasculares.
A quantidade ideal de séries deve respeitar as condições físicas de cada indivíduo. Isso deve ser feito por meio de avaliação médica e de uma equipe multiprofissional. De maneira geral, o esporte pode ser praticado de vários modos:
- exercícios aeróbicos devem ser feitos por cerca de 150 minutos na semana, com intensidade moderada, sempre monitorados pelo cardiologista;
- exercícios de fortalecimento muscular podem ser realizados de duas a três vezes por semana, com duração de 30 minutos por série, principalmente nos treinos de braços e pernas;
- exercícios de flexibilidade e equilíbrio são recomendados 5 vezes por semana.
Cuidados com a alimentação
Em relação à dieta, podemos dizer que existem alguns alimentos que podem conter de maneira rápida e eficaz os níveis de açúcar na corrente sanguínea. Veja quais são eles.
Espinafre
O vegetal é rico em aminoácidos e excelente fonte de minerais como magnésio, cálcio e potássio, além de auxiliar na diminuição da pressão arterial. O espinafre também contém fibras que ajudam a reduzir a glicose no sangue.
Abacate
Entre as frutas para diabéticos mais recomendadas para o consumo está o abacate. Isso porque é uma ótima fonte de gordura boa e apresenta grande quantidade de calorias (160 em 100 gramas). Contudo, é aliada ao emagrecimento.
Constituída de ácido oleico, a gordura reduz o risco de síndrome metabólica — desordem desencadeante do diabetes e obesidade.
Ovos
O ovo é um alimento rico em proteínas, gorduras saudáveis e vitaminas e pode ser consumido em diversas receitas, como o omelete. Por ser facilmente digerido pelo estômago, o produto regula a sacarose e controla os níveis de açúcar no corpo.
Amêndoas
Além de ser uma opção prática para o lanche da tarde, a amêndoa ajuda no emagrecimento, sendo boa fonte de gorduras monoinsaturadas, responsáveis por manter estável a glicose no sangue, além de ativar a queima de gorduras.
Chia
A chia contém alto valor nutricional e já faz parte das receitas saudáveis. A fruta é rica em proteínas, vitaminas, minerais, fibras, ômegas 3 e 6 e antioxidantes, como ferro, cálcio e magnésio. Melhora o funcionamento do intestino, assim como colabora com o controle da glicemia.
Lentilha
A lentilha contém muita proteína, fibras, ferro e potássio, sendo uma ótimo ingrediente se você quer que o sangue fique menos “doce”. Além disso, a leguminosa é rica em antioxidantes que protegem a pele e, consequentemente, evitam doenças do envelhecimento.
O que é pré-diabetes e por que é tão importante?
Pré-diabetes é considerada uma alteração do metabolismo, que pode evoluir para diabetes tipo 2, além de doenças cardíacas. Ocorre devido aos níveis de glicemia mais elevados do que o normal, porém não sendo ainda diagnosticado como diabetes.
Para que um indivíduo tenha alterações nas taxas de glicose no sangue é preciso apresentar algumas condições, como:
- idade acima de 40 anos;
- ter familiares com diabetes;
- estar acima do peso;
- não praticar atividades físicas;
- ter pressão alta e alterações das gorduras no sangue;
- mulheres com diabetes gestacional ou diagnosticadas com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP).
Sem mudanças nos hábitos, há uma grande chance do pré-diabetes evoluir para o diabetes tipo 2. Porém, algumas atitudes podem diminuir esse risco, como:
- perda de peso — mesmo que você não atinja o peso ideal assim que começar a mudar os hábitos de vida;
- alimentação saudável — ao optar por alimentos baixos em gorduras saturadas e calorias e ricos em fibras, como vegetais, frutas e grãos integrais, evitando ao máximo os açúcares contidos nos alimentos;
- praticar esportes — quando se incorpora na rotina algo em torno de 30 a 50 minutos de atividade física moderada, como fazer musculação, nadar, caminhar, correr, andar de bicicleta, entre outros esportes, na maior parte da semana.
Ao longo deste conteúdo foi possível aprender mais sobre diabetes tipo 1 e 2, assim como outras variantes da doença. No entanto, não importa qual seja o tipo, a dica é sempre fazer uma dieta balanceada, praticar atividades físicas, ter em casa um aparelho para medir glicemia e manter um acompanhamento com um médico de confiança. Desse modo, você ganha saúde e qualidade de vida!
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