A diabetes em cães é muito mais comum do que se imagina. Ela nada mais é que uma doença que diminui a produção de insulina, hormônio responsável por transportar a glicose para todas as células do corpo. Além disso, influencia diretamente nos níveis de açúcar no sangue.
Embora existam diferentes tipos da doença, os pets costumam sofrer do tipo 1, que é o que se desenvolve quando o pâncreas não gera insulina suficiente. E se não for tratada a tempo, pode trazer graves consequências aos peludinhos.
Sabendo disso, preparamos um post especial com as principais informações sobre o assunto, para que você possa esclarecer todas as suas dúvidas e proteger o seu bichinho da melhor maneira possível. Quer saber quais são? Então, continue a leitura e confira!
1. Por que a diabetes ocorre nos cães?
Não existe apenas uma causa para a diabetes. Ela pode ocorrer por questões genéticas, obesidade, infecções no pâncreas ou até mesmo por conta de outros processos inflamatórios. No caso da genética, essa tendência é aumentada pela má alimentação.
Medicamentos mal administrados também podem ser fatores determinantes para esse problema de saúde. Há casos, ainda, quando o próprio sistema imunológico do cachorro trabalha contra o pâncreas à medida que ele tenta produzir o hormônio insulina.
Embora muitos pensem que essa é uma doença mais comum em animais idosos, a diabetes em cães pode ocorrer em qualquer idade. No entanto, a maioria dos casos da doença ocorre entre 7 e 9 anos e as fêmeas parecem estar em um grupo de maior risco.
2. Quais são os seus principais sintomas?
Em alguns casos, a cegueira devido à catarata é a primeira indicação que existe um problema com o animal. Contudo, a maior parte dos cãezinhos com diabetes tem muita sede, urina constantemente e desenvolve pouca atividade. Embora o apetite geralmente seja bom ou até maior que o normal, muitas vezes, há perda de peso. Mesmo assim, alguns animais podem se tornar obesos.
A hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue) é uma complicação que pode ocorrer ao tratar a diabetes. Portanto, é importante reconhecer seus sintomas e ficar atento quanto ao tratamento.
Várias doenças também podem ocorrer em conjunto com o diabetes melitus e se tornarem principais fatores de risco para o seu tratamento, como:
- hipotireoidismo;
- doença de Cushing (hiperadrenocorticismo);
- pancreatite aguda;
- problemas coronários;
- infecções do trato urinário;
- anemia;
- câncer.
A presença dessas complicações pode dificultar o diagnóstico e o tratamento efetivo da doença. Por isso, é necessário visitar o veterinário para ter um diagnóstico completo. Também é fundamental observar e tomar extremo cuidado com a cetoacidose, uma grave condição em que a glicose e as partículas de gordura presentes no sangue do animal se acumulam, provocando letargia, fraqueza e vômito.
3. Quais são os grupos de risco?
Existem algumas raças de cães que parecem ter uma maior predisposição de desenvolver diabetes em algum momento de suas vidas. Entre elas estão:
- samoyedo;
- pug;
- terrier australiano;
- huskie siberiano;
- schnauzer miniatura;
- poodle;
- dachshund;
- beagle;
- pinscher miniatura;
- bobtail;
- puli húngaro;
- chow chow;
- dobermann;
- golden retriever;
- labrador;
- pastor alemão;
- cocker spaniel;
- lhasa apso;
- alaskan malamute;
- spitz finlandês;
- schipperke;
- rottweiler;
- yorkshire.
4. Como é feito o diagnóstico?
Além do exame físico feito pelo veterinário, a diabetes em cães também pode ser diagnosticada com base em dados clínicos. Pelo fato de existirem complicações devido a outras doenças presentes, geralmente o profissional prescreve testes de contagem sanguínea completa (CSC), perfil químico e exames de urina para verificar a presença de açúcar e cetonas.
Ele também poderá medir o nível de frutosamina, que indica quais foram as variações da glicose no sangue nas duas ou três semanas anteriores à realização.
5. Quais devem ser os cuidados com essa doença?
Assim como a versão humana, a diabetes em cães não tem cura. A boa notícia é que é possível controlar a doença por meio de simples cuidados que deverão ser cumpridos com regularidade. Confira quais são eles!
Alimentação equilibrada
O cãozinho precisará ter, durante toda a vida, uma alimentação totalmente saudável e equilibrada, longe de açúcar, gorduras, carboidratos ou alimentos inadequados para a sua espécie.
Também é importante seguir recomendações médicas sobre a quantidade de calorias ingeridas diariamente. Isso evitará a obesidade e, consequentemente, a resistência à ação da insulina.
Atividades físicas
O sedentarismo é um problema que afeta tanto as pessoas quanto os animais de estimação, principalmente aqueles que vivem em grandes cidades. Portanto, as brincadeiras, as corridas e os passeios diários são fundamentais.
Só que, no caso dos diabéticos, essas atividades físicas devem ser um pouco mais contidas e o veterinário deverá indicar o exercício certo para cada animalzinho de acordo com suas características e necessidades.
Aplicações de insulina
Além desses métodos, a aplicação de insulina para compensar a sua falta no corpo é um tratamento que pode ser aplicado diariamente — e pelo resto da vida do bichinho. A quantidade necessária para um animal é diretamente ligada à sua alimentação e produção de energia. Portanto, ao regulá-la, é importante que o cão pratique a mesma quantidade de exercício físico diariamente.
Monitoramento caseiro de glicose
Cães diabéticos devem ter um cuidadoso acompanhamento caseiro. Por conta disso, o veterinário poderá recomendar que você acompanhe diariamente o nível de açúcar no sangue de seu pet com a ajuda de um aparelho para medir glicose.
A medição é feita por meio de uma pequena lanceta utilizada para perfurar a pele e obter certa quantidade de sangue, que é puxada para dentro do dispositivo. Na tela, é apresentada toda a concentração de glicose na amostra. Isso permite que possíveis complicações da doença sejam identificadas logo no início e as devidas providências possam ser tomadas em tempo hábil.
Essas são as principais informações sobre o desenvolvimento de diabetes em cães. No entanto, é importante saber que a doença não é motivo para maiores preocupações. Afinal, um animal diabético que recebe o tratamento correto tem uma expectativa de vida bem parecida com a de outros pets saudáveis. Além disso, consultar periodicamente um veterinário de confiança ajudará a proporcionar ao seu bichinho toda a saúde e o bem-estar que ele realmente merece.
E aí, gostou de conhecer as principais informações sobre diabetes em cães? Quer que seus amigos também saibam disso? Então, não deixe de compartilhar este post em suas redes sociais e mantenha-os sempre bem informados!