Há algum tempo, o diabetes já foi praticamente sinônimo de morte ou tinha como única alternativa exigir que os pacientes passassem fome para conter os efeitos da doença. Com o avanço da ciência, podemos comemorar o tratamento do diabetes de diversas formas.
Esses novos procedimentos podem ser menos invasivos, mais cômodos e eficazes no controle da doença. Afinal, só no Brasil, os dados da Sociedade Brasileira de Diabetes indicam que 12 milhões de pacientes tenham o agravo. Assim, é indispensável pesquisar e conseguir alternativas que simplifiquem a vida dos diabéticos.
Sentiu curiosidade e quer saber quais novos tratamentos do diabetes são esses? Continue conosco e descubra o funcionamento de algumas das principais novidades contra a doença.
1. Insulina por inalação
Mesmo não sendo uma descoberta recente, a insulina por inalação foi aprovada no Brasil em 2020. Ela evita as desconfortáveis picadas de insulina convencionais, que são muito presentes na rotina do diabético.
Devido à velocidade de processamento da insulina, o tratamento deve ser muito rápido e logo antes das refeições. Ele funciona de forma semelhante a uma bombinha de asma. Assim, em cerca de 10 minutos, o paciente já tem os níveis de glicemia reduzidos.
Apesar disso, seus efeitos duram até duas horas, o que exige complementação com outros métodos mais convencionais e que oferecem longa duração. Ainda, existem alguns pré-requisitos para autorização do uso no paciente, como não ter problemas respiratórios crônicos e nem ser fumante.
2. Insulinas orais
Trata-se de outro método que ajuda a aliviar o incômodo das picadas, que costuma ser uma das maiores reclamações dos diabéticos. Por essa razão, foi pensado na construção de um comprimido de insulinas. Apesar de ele ainda estar na fase de testes, as expectativas são boas e tem demonstrado resultados seguros e eficazes.
3. Células-tronco
O tratamento com células-tronco é outra alternativa promissora para pacientes diabéticos. O objetivo dos estudiosos é transformar essas células, que têm a capacidade de se transformar em qualquer célula do corpo, nas do pâncreas. Desse modo, é possível produzir insulina.
Afinal, na diabetes tipo 1, o organismo do paciente não reconhece mais as células Beta pancreáticas e passa a destruí-las. Assim, a ideia é coletar as células-tronco do próprio paciente, injetar remédios que desliguem o sistema imunológico e, em seguida, injetar novamente as células mencionadas, para que haja uma reorganização do sistema de defesa e ele pare de atacar as responsáveis pela produção de insulina.
4. Remédios com atuação nos rins
No ano de 2020, tornou-se disponível no Brasil a Dapagliflozina, indicada para controlar os níveis de açúcar no sangue de diabéticos tipo 2. Ela atua nos rins ao bloquear o funcionamento do canal responsável pela reabsorção da glicose, assim, contribuindo para normalização do seu nível.
Além do remédio mencionado, que já teve aprovação do seu genérico pela Anvisa, a Forxiga, a Canagliflozina está prevista para chegar ao Brasil nos próximos meses.
5. Chips rastreadores de células
As células-tronco podem gerar as células do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Assim, por meio dos chips rastreadores de células, desenvolvidos por cientistas da Universidade Havard, é possível medir a eficácia e o desempenho das novas células.
Dessa maneira, os médicos recebem essas informações quase instantaneamente, o que facilita a triagem dos medicamentos que estimulam a secreção da insulina e os testes de células criadas.
6. Adesivos inteligentes
Outra opção de tratamento que alivia os incômodos das agulhas e ainda consegue ter uma maior precisão no monitoramento de açúcar no sangue são os adesivos inteligentes. Eles foram desenvolvidos por uma equipe do Instituto Real de Tecnologia (KTH).
A prática funciona com a aplicação de um adesivo por meio de uma microagulha de silicone, 50 vezes menor do que as agulhas padrões, e que também promete determinar os níveis de glicose por mais tempo.
7. Sensor tatuagem
Você já percebeu que a maior parte dos tratamentos do diabetes visa, entre outros fatores, a aliviar os incômodos com as picadas. Afinal, além das dores em si, isso também dificulta o monitoramento correto e contínuo da glicose. Por esse motivo, os pesquisadores da Universidade de San Diego, nos Estados Unidos, desenvolveram um sensor de tatuagem.
O aparelho funciona de forma temporária, em que os pacientes devem apenas encostar o sensor no braço, aplicar água e remover o papel do aparelho para medir os níveis de glicose.
8. Intervenção dietética
Além dos avanços tecnológicos, a ciência já mostrou que uma dieta com baixo carboidrato pode ter efeitos melhores do que os imaginados no tratamento do diabetes. Isso porque a redução no consumo de carboidrato facilita o controle da glicemia no sangue e apresenta melhores resultados clínicos e laboratoriais.
Além disso, essa intervenção dietética precisa ser acompanhada por um profissional para um melhor controle e gestão da doença. Afinal, além dos benefícios mencionados, essa mudança rígida nos hábitos pode eliminar a necessidade de diversos medicamentos, o que só pode ser avaliado por um médico.
9. Insulinas produzidas pelo estímulo da luz
Para que a produção de insulina pudesse ser mais autônoma, sem depender de um elemento externo ao corpo humano, pesquisadores da Universidade Tufts, em Massachusetts, desenvolveram uma maneira de ampliar a produção do hormônio. Dessa forma, conseguiram uma relação mais produtiva entre a insulina e a concentração de glicose no sangue.
Para isso, eles utilizaram uma técnica que manipula as células pancreáticas para acelerar sua produção por meio da exposição da luz. O teste já foi realizado em ratos diabéticos. O desafio, agora, é testar essa possibilidade em humanos.
Conforme mencionado, o diabetes é um problema de saúde que atinge milhões de brasileiros. A doença pode comprometer a rotina e a qualidade de vida profissional e pessoal de muitos.
Para piorar, trata-se de uma condição silenciosa, em muitos casos, mesmo que seu diagnóstico seja simples. Diante desse cenário, a ciência e a tecnologia já mostram maneiras de revolucionar seu controle.
Percebeu como a ciência e tecnologia avançam constantemente e encontram respostas para o tratamento do diabetes que seriam impensáveis anos atrás? Apesar disso, muitas das alternativas mencionadas ainda estão na fase de testes. Não deixe de realizar exames esporádicos para o diagnóstico precoce da doença e de seguir o procedimento indicado pelo médico.
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