Não há dúvidas de que o colesterol alto é um dos grandes vilões da saúde. No entanto, engana-se quem pensa que apenas a má alimentação é responsável pelo problema, pois uma dieta rica em gordura e açúcares é responsável somente por 20% do nível de colesterol no sangue.
Existem outros fatores como certos problemas endocrinológicos, hepáticos ou renais, o consumo de determinados medicamentos e até mesmo a hereditariedade, eles podem influenciar a quantidade das taxas de colesterol no organismo e aumentar as chances de desenvolver acidente vascular cerebral (AVC) e doenças cardiovasculares, como o infarto do miocárdio, por exemplo.
Para ajudar você a entender o que é colesterol, as causas dos altos níveis da substância no sangue e ainda como manter boas taxas com uma dieta equilibrada, leia o artigo que traz as principais informações a respeito do problema. Acompanhe!
O que é colesterol?
O colesterol é uma gordura encontrada no organismo essencial para o seu funcionamento normal. Ele compõe as membranas celulares do corpo, estando presente tanto no cérebro quanto no fígado, intestinos, coração, músculos, nervos e até na pele. O organismo utiliza o colesterol para produzir certos hormônios, como testosterona, estrógeno, ácidos biliares e cortisol, cuja função é ajudar na metabolização das gorduras.
Aproximadamente 70% do colesterol é produzido pelo fígado, sendo que os 30% restantes são provenientes da dieta. Entretanto, ao consumir grandes quantidades de alimentos gordurosos, o fígado produz mais colesterol do que o normal. Tanto as taxas de colesterol muito altas quanto as muito baixas são nocivas à saúde!
Por que o colesterol é importante?
Por se tratar de uma substância gordurosa, o colesterol não se dissolve no sangue, sendo que para ser transportado na corrente sanguínea e alcançar os tecidos periféricos, ele necessita de um carregador, conhecido como lipoproteínas, produzidas no fígado.
Quais são os tipos de colesterol?
O colesterol é dividido em tipos que podem ser classificados da seguinte maneira:
Colesterol LDL
O colesterol LDL é o famoso colesterol ruim, consiste em ser uma lipoproteína de pouca densidade que se acumula nas artérias e coronárias e propicia a formação de placas que dificultam o fluxo sanguíneo para órgãos essenciais (coração e cérebro), aumentando risco de infarto e derrame cerebral.
As referências para LDL são:
- indivíduos de baixo risco — menor que 130 mg/dl;
- indivíduos de risco intermediário — inferior a 100 mg/dl;
- indivíduos de alto risco — abaixo de 70 mg/dl;
- indivíduos de risco muito alto — menos 50 mg/dl.
Colesterol HDL
O colesterol HDL é o bom colesterol, uma lipoproteína de grande densidade que contempla o HDL das artérias e leva para fígado, onde é quebrado e transportado pelo organismo. Um nível equilibrado de HDL pode evitar ataques cardíacos e AVC.
As referências do HDL são:
- baixo — menos que 40 mg/dl para homens e mulheres;
- ideal — mais de 40 mg/dl.
Colesterol VLDL
O colesterol VLDL (Very low-density lipoprotein) são lipoproteínas de baixa densidade, cuja finalidade é abastecer de colesterol e triglicérides outros tecidos a partir do fígado. Ao serem liberadas por tal órgão, as partículas de VLDL sofrem transformações no sangue, liberando triglicérides que serão guardados no tecido adiposo ou usados como fonte de energia.
As referências do VLDL são:
- alto — acima de 40 mg/dl;
- baixo — abaixo de 30 mg/dl;
- ideal — até 30 mg/dl.
Colesterol Total
O aumento das taxas de colesterol é conhecido como dislipidemia. Antigamente, os médicos avaliavam o grau de dislipidemia por meio de valores do colesterol total (soma dos níveis sanguíneos de HDL, LDL e VLDL). Contudo, há o colesterol ruim e o colesterol bom, o que torna pouco válida a avaliação conjunta deles.
A referência para colesterol total é:
- aconselhável — menor que 190 mg/dl.
Quais são as causas e os fatores de risco?
A formação de colesterol vai depender da genética, assim como do estilo de vida, prática de esportes e da dieta de cada pessoa. Os alimentos consumidos são muito importantes, porque 30% do colesterol dependerão da dieta.
A maioria das causas para o desenvolvimento de colesterol alto são ações que podem ser controladas. Porém, existem certos fatores de risco para o colesterol elevado que devem ser considerados também. Confira!
Menopausa
A mulher que entra na menopausa tem o risco de colesterol alto aumentado, porque o hormônio feminino oferece uma proteção sobre o HDL (colesterol bom). Por isso, desde a adolescência até a menopausa, as mulheres geralmente têm níveis mais elevados de HDL e índices mais baixos de LDL (colesterol ruim) do que os homens. Depois da menopausa, elas tendem a ter níveis mais elevados de LDL, aumentando as chances de doença coronária.
Histórico familiar
O histórico familiar de colesterol alto é outro fator de risco, pois se ele está relacionado aos genes herdados, o indivíduo pode nascer com níveis altos de colesterol LDL, devendo ter um acompanhamento médico mais completo desde a infância.
Obesidade e sedentarismo
Um índice de massa corporal (IMC) de 30 ou mais aumenta a chance de colesterol alto. Assim como não praticar exercícios eleva o risco de colesterol LDL alto (colesterol ruim). Ainda cabe dizer que o tabagismo também prejudica as paredes arteriais deixando-as mais suscetíveis ao aumento do colesterol LDL e à diminuição do colesterol HDL (colesterol bom).
Diabetes
O diabetes mellitus favorece os baixos níveis de colesterol HDL e níveis altos de colesterol LDL. Assim como o tabagismo, muito açúcar no sangue pode avariar as paredes arteriais.
Alimentação
A dieta rica em gordura saturada, gordura trans e açúcares pode aumentar o LDL e as taxas de triglicerídeos, elevando o risco de colesterol alto. Já a dieta rica em gorduras insaturadas e pobres em gorduras saturadas é indicada para todas as pessoas, independentemente do valor do seu colesterol. Porém, no caso da dislipidemia, seguir essa dieta é ainda mais importante.
Contudo, nem sempre somente a dieta resolve o problema do colesterol alto, porque o aumento do LDL está relacionado aos fatores genéticos e alimentares. Ou seja, 70% do colesterol são de origem endógena — produzido no fígado — e apenas 30% advêm dos alimentos. Portanto, se os valores do LDL forem muito altos, somente a dieta não será suficiente para equilibrar os níveis do colesterol ruim.
Quais são os sintomas?
O colesterol alto é uma doença que não se anuncia, sendo que o exame de sangue é a única maneira de saber sobre os níveis de colesterol no organismo.
Ao longo do texto foi possível conhecer sobre os riscos que o colesterol alto pode acarretar ao organismo. Por isso, não deixe de consultar o médico regularmente, assim como fazer exames periódicos para manter a boa saúde e ter mais qualidade de vida!
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