Manter o corpo saudável tornou-se uma tarefa difícil na atualidade, sendo que a obesidade abdominal é um dos maiores fatores de risco para as mais variadas doenças. Contudo, você sabia que é possível se prevenir desse mal e evitar os problemas que essa condição pode acarretar ao organismo ao longo tempo?
Apesar de o excesso de gordura em qualquer região do corpo ser prejudicial à saúde, a localizada na área abdominal confere mais riscos para o organismo do ser humano, causando várias mazelas, que se não forem tratadas a tempo podem levar o indivíduo a óbito.
Para ajudar você a conhecer os fatores de risco que a gordura abdominal traz para a sua saúde, preparamos este post com os principais riscos dessa condição considerada o “mal do século XXI”. Confira!
Infarto do miocárdio
O infarto do miocárdio ocorre quando o processo de irrigação sanguínea do coração é dificultado, o que prejudica o transporte de oxigênio e outros nutrientes para o órgão. Assim sendo, as artérias coronárias são obstruídas por conta dos processos inflamatórios, coágulos sanguíneos e, também, devido às placas de colesterol que se formam nas suas paredes.
Se a gordura abdominal está em excesso no corpo, ela tende a aumentar o peso, fazendo com que o coração se esforce mais para realizar as atividades diárias. Ademais, faz com que as placas de colesterol sejam formadas com mais facilidade, o que aumenta o risco de obstrução das artérias e, consequentemente, elevam as chances de infarto.
Acidente Vascular Cerebral
O AVC, ou derrame cerebral, acontece quando há uma obstrução ou até um rompimento dos vasos sanguíneos que estão ligados ao cérebro. Ao entupirem, esses vasos promovem a falta de circulação de sangue adequada em determinadas regiões cerebrais, fazendo com que não funcionem da maneira correta.
A gordura abdominal em excesso favorece essa condição, porque afeta o metabolismo, causando a redução de lipoproteínas HDL — substâncias capazes de transportar colesterol para dentro do fígado e que protegem as artérias contra a formação de placas de gordura.
Hipertensão
A hipertensão acontece quando a pressão do bombeamento de sangue aumenta de maneira anormal, por conta de uma alta resistência das artérias ao fluxo sanguíneo. Ainda não é possível identificar quais são as causas que provocam a hipertensão, contudo sabe-se que a doença está associada a algumas doenças, tais quais a insuficiência renal, a obesidade e a diabetes tipo I e II.
Além disso, existe uma correlação entre pacientes que têm pressão alta e apresentam grande quantidade de gordura localizada próxima aos rins. Sendo assim, a presença de gordura no abdômen está relacionada diretamente tanto à hipertensão quanto às diversas outras doenças que causam o aumento da pressão arterial.
Demência
A demência é definida como sendo um conjunto de danos cognitivos que podem incluir a perda de memória, as dificuldades de concentração e raciocínio, desorientação acerca do tempo e espaço, assim como problemas de comunicação, entre outros. Acredita-se que a gordura abdominal, associada ao montante de células do sistema imunológico, produza substâncias que promovem o aparecimento de inflamações capazes de causar severas lesões cerebrais.
Doença arterial coronária
A doença arterial coronariana (DAC) é uma doença do coração, na qual placas de gordura se acumulam nas artérias coronárias — as que fornecem o sangue rico em oxigênio ao órgão — dificultando a oxigenação cardíaca normal. É provocada pelo aumento dos depósitos de gorduras e ceras, feitos de colesterol, cálcio e outros elementos. Assim sendo, a gordura visceral reduz os efeitos do HDL, o que favorece o acúmulo de placas gordurosas nas artérias.
Síndromes metabólicas
A gordura visceral está ligada a outras síndromes metabólicas, devido ao fato delas serem um conjunto de doenças relacionadas à resistência ao hormônio insulina. Ou seja, se o corpo não consegue controlar o funcionamento insulínico, ele tende a apresentar disfunções metabólicas relacionadas tanto ao colesterol e à pressão arterial quanto aos triglicerídeos. Logo, a gordura em excesso poderá alterar o funcionamento do órgão produtor da insulina, que é o pâncreas.
Diabetes
Ao compreender o modo como a diabetes age no corpo, torna-se mais fácil entender a relação com a obesidade. Uma alimentação feita à base de carboidratos refinados em excesso e o sedentarismo provocam o acúmulo de gordura, levando o organismo a se tornar resistente à insulina. A boa notícia é que muitas vezes a diabetes pode ser controlada com a prática da atividade física regular e moderada, aliada à redução de peso por meio de uma dieta adequada orientada pelo nutricionista.
Sabe-se que a obesidade é um fator de risco para a diabetes, porque está associada a um consumo excessivo de hidratos de carbono, principalmente o açúcar. Isso leva a um fenômeno conhecido como insulino-resistência, que por sua vez conduz a uma hiperprodução compensatória de insulina e a um rápido desgaste do pâncreas.
Logo, à medida que os ponteiros da balança sobem, é necessário que o organismo produza mais insulina, visto que o corpo tende a aumentar de tamanho, o que provoca menor sensibilidade dos tecidos aos efeitos da insulina. Como consequência, o pâncreas precisa dispender mais esforços, de modo a compensar a resistência à insulina.
Ainda, é possível dizer que toda a gordura em excesso é um fator de risco para a diabetes tipo II e outras doenças metabólicas, como a hipertensão arterial ou a inflamação crônica. A medida pode ser feita com o auxílio de uma fita métrica circundada na região do abdômen. Também existem aparelhos que são capazes de detectar o percentual de gordura visceral de cada pessoa, como as balanças de bioimpedância.
Assim sendo, você pôde conhecer mais sobre os riscos da gordura abdominal e os problemas que ela acarreta ao longo do tempo. Além de praticar exercícios físicos e manter uma alimentação adequada no dia a dia, também é importante consultar um médico especializado para acompanhar o quadro de distensão no abdômen, caso sinta que ele está com uma circunferência maior. Saúde sempre em primeiro lugar!
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