Como dizia Zeca Pagodinho: “Se eu quiser fumar, eu fumo. Pago tudo que consumo com o suor do meu emprego”. No entanto, é preciso ter uma maior consciência sobre os efeitos do cigarro.
Por exemplo, você sabia que o tabagismo é um dos principais responsáveis por ocasionar diversas doenças, como câncer, infertilidade, úlceras e envelhecimento precoce?
Se você ficou curioso e quiser entender melhor os efeitos do cigarro no organismo, continue a leitura e saiba mais!
Quais são os efeitos do cigarro?
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o tabagismo é uma droga com mais de 4.700 substâncias químicas prejudiciais ao organismo. Ainda segundo a OMS, estima-se que 4,9 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência do cigarro. É como se morressem, a cada dia, 10 mil pessoas por causa dessa dependência.
A previsão é de que, em 2020, esses números dobrem, já que a quantidade de fumantes só cresce — um terço da população mundial de adultos é fumante. Assim, serão aproximadamente 5 milhões de mortes por ano devido ao cigarro, um problema que mata mais do que cocaína, AIDS, incêndios e heroína, juntos. Apenas no Brasil, são mais de 200 mil mortes anuais.
Quais são os principais problemas causados pelo tabagismo?
Derrame
Estatísticas mostram que os fumantes têm duas vezes mais chances de sofrer um derrame do que não-fumantes — sem contar os casos de fumantes passivos, que também podem desenvolver o mesmo quadro.
O fumo constante deixa os vasos sanguíneos do cérebro comprimidos, prejudicando a qualidade do sangue e aumentando a pressão arterial. Esses fatores, em conjunto, podem resultar no derrame.
Infarto
O risco de fumantes desenvolverem problemas cardíacos, como o infarto, é cinco vezes maior do que as chances de quem não fuma.
O coração é um dos órgãos mais afetados pelo fumo, uma vez que a nicotina faz com que o corpo absorva mais colesterol. Além disso, o cigarro também aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca, a qual pode subir 30% durante as tragadas. Assim, há grandes chances de os usuários sofrerem um infarto.
A notícia boa é que 10 anos após você parar de fumar, o risco de sofrer um infarto é equivalente ao de quem nunca fumou. Ter consciência disso é fundamental, principalmente porque o tabagismo é responsável por 45% das mortes por infarto no miocárdio em pessoas abaixo dos 65 anos.
Câncer
Conforme mencionado, o cigarro possui milhares de substâncias tóxicas. Entre as piores, está o alcatrão, que reúne inúmeros produtos cancerígenos — como arsênio, chumbo e polônio. Assim, não é surpresa que 90% dos casos de câncer de pulmão — a maior causa de morte por câncer entre homens brasileiros — têm relação com o fumo.
Porém, outra boa notícia é que, 5 anos depois de largar o cigarro, o indivíduo reduz as chances de desenvolver o câncer de pulmão pela metade. No entanto, garganta, boca, laringe e outras partes do sistema digestivo superior também podem ser vítimas desse mal.
Problemas dentários
Um dos sinais mais comuns e aparentes do tabagismo é a alteração na composição dos dentes, que ficam amarelados e sem brilho. Além disso, os fumantes também têm mais chances de desenvolver doenças bucais e mau hálito, uma vez que a fumaça irrita a gengiva e pode facilitar o surgimento de cáries. Ainda, há uma alteração nas papilas gustativas, prejudicando o paladar do fumante.
Colesterol
Como já foi dito, as substâncias do cigarro alteram os vasos sanguíneos, que passam a acumular gorduras — independentemente se você é jovem ou não —, fazendo com que o nível de colesterol fique mais elevado.
Assim, a baixa taxa de colesterol bom e alta do colesterol ruim faz com que o indivíduo fique mais propenso a ter as artérias entupidas — uma das principais razões para que o infarto seja tão comum para os fumantes.
O entupimento de artérias e veias também pode ser responsável por outros problemas graves de saúde, como a Tromboangeíte Obliterante, que ocorre quando há um déficit temporário de circulação sanguínea, causando a necrose e, consequentemente, a necessidade de amputação.
O cigarro também causa a dilatação da aorta, a maior artéria do organismo. Se houver o seu rompimento, isso se torna ainda mais problemático, já que pode provocar hemorragia e levar à morte.
Úlceras
O estômago também é outra região que pode ser vitima dos efeitos nocivos do tabagismo: o gosto do cigarro faz com que a produção de ácido clorídrico aumente, o que torna a região mais propensa a infecções e úlceras gástricas — feridas na região do estômago, intestino delgado ou esôfago, que provocam dores intensas.
Outro problema para o estômago relacionado ao fumo é o desequilíbrio na digestão. Isso porque a contração do órgão fica reduzida, e a válvula que impede a volta do suco gástrico para o esôfago é enfraquecida. Assim, o indivíduo fica muito mais propenso a ter refluxo gastroesofágico, um distúrbio que também pode ocorrer em conjunto com a azia e má digestão.
Manchas na pele
É comum que os fumantes aparentem ter uma idade superior à que eles de fato têm. Isso porque o cigarro interfere na manutenção natural da pele, podendo causar envelhecimento precoce, flacidez, queda de cabelo e manchas.
Um dos efeitos mais comuns que o fumante pode sentir com relação à pele são as rugas no rosto e ao redor dos olhos. A nicotina existente no cigarro destrói a produção natural de colágeno e elastina, garantindo ao rosto uma aparência mais velha. Além disso, devido ao alcatrão e à resina, os poros e os cravos também se tornam mais visíveis.
Percebeu como são nocivos os efeitos do cigarro — desde manchas na pele até o câncer? Além disso, o fumo é o maior responsável por mortes evitáveis em todo mundo. Por isso, é de extrema importância que as pessoas tenham consciência sobre os riscos e efeitos do tabagismo para a saúde.
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