A glicose é considerada um carboidrato simples, sendo a principal fonte de energia para o organismo. Quando é ingerida, o corpo utiliza o que é necessário para realizar as suas reações e funções e o restante é armazenado no fígado na forma de glicogênio. Sendo assim, a glicose é fundamental para o bom funcionamento do organismo.
Glicemia é o nome dado para a concentração de glicose no sangue. Existem duas situações que são prejudiciais à saúde: a hiperglicemia e a hipoglicemia. Na primeira, há excesso de glicose sanguínea, o que é tóxico para os vasos e células. Já na segunda existe pouca concentração de glicose, o que pode acarretar sintomas desagradáveis e até quadros mais sérios.
Neste post, explicaremos quais são as causas da hipoglicemia, seus principais sintomas e como evitar que ela aconteça. Confira!
O que é hipoglicemia?
Basicamente, existem dois tipos de hipoglicemia: a de jejum e a pós-prandial. A hipoglicemia de jejum ocorre antes das refeições, enquanto a pós-prandial acontece após a ingestão de alimentos. Em ambos os casos há baixa quantidade de glicose, ou açúcar, no sangue, acarretando baixa energia para o organismo.
Em um indivíduo saudável os níveis de glicose ficam entre 70 e 100. De 31 a 70 é considerado um quadro de hipoglicemia leve, enquanto níveis abaixo de 30 acarretam hipoglicemia grave. Como o corpo humano precisa de uma mínima quantidade de glicose para realizar as suas funções, a falta dela pode causar:
- confusão mental;
- comportamento estranho;
- dificuldade em realizar tarefas;
- palpitações;
- ansiedade;
- suor frio;
- fome excessiva;
- palidez;
- perturbações visuais;
- nervosismo;
- formigamento
- tontura;
- desmaio;
- convulsões.
É importante salientar que os tecidos cerebrais dependem exclusivamente da glicose, enquanto outros órgãos conseguem transformar outros substratos em energia para manter o seu funcionamento próximo do normal. É por esse motivo que a falta de glicose sanguínea pode causar um quadro grave e sério.
Quais são as causas da hipoglicemia?
1. Ficar sem comer
A glicose é um carboidrato obtido por meio da dieta. Dessa forma, ficar várias horas sem ingerir algum alimento pode causar hipoglicemia. Esse quadro é mais comum em pessoas com rotinas agitadas, que não encontram tempo para realizar as suas refeições. Além disso, pode ser comum após doenças que deixam o indivíduo sem apetite.
2. Comer de forma errada antes de exercício físico
Os exercícios físicos demandam um gasto de energia além do normal para o corpo, não é mesmo? Afinal, o organismo está realizando vários esforços e precisa usar a glicose, tanto sanguínea quanto a estocada em forma de glicogênio, para suprir essa demanda.
Um erro muito comum é comer pouca ou nenhuma quantidade de carboidrato antes das atividades físicas. Quando o corpo gasta toda a glicose possível entra um estado de hipoglicemia e os sintomas desagradáveis aparecem.
3. Consumir bebidas alcoólicas em jejum
O álcool é metabolizado no fígado, órgão responsável por armazenar a glicose em forma de glicogênio para possíveis demandas. Simultaneamente, o álcool não permite que os estoques de glicose sejam liberados, o que pode causar um quadro de hipoglicemia.
É natural pensar que, na verdade, as bebidas alcoólicas causam um quadro de hiperglicemia, tendo em vista que em sua composição há bastante carboidrato. Isso acontece quando a ingestão foi feita com outros alimentos, de modo que a glicose seja fornecida junto com o álcool.
O problema é que, quando a pessoa está em jejum, o corpo faz uso do estoque de glicogênio no fígado. Se o álcool for consumido logo após esse período sem refeições, não haverá tempo para repor as reservas, pois o fígado estará ocupado metabolizando o álcool. Como o corpo continua precisando de energia, a glicose circulante cai, causando um quadro de hipoglicemia.
4. Usar medicamentos hipoglicemiantes e insulina
O tratamento da hiperglicemia que ocorre no diabetes é feito com remédios hipoglicemiantes, ou seja, que retiram o excesso de glicose do sangue e a coloca para dentro da célula. Esse é o efeito da insulina, o hormônio natural produzido pelo corpo que também pode ser usado no tratamento do diabetes em casos específicos.
O problema é que se os remédios hipoglicemiantes ou a insulina forem usadas em doses altas e inadequadas ocorrerá hipoglicemia, tendo em vista que mais glicose será colocada para dentro da célula que o necessário.
Como evitar esse quadro?
É importante não pular refeições. Normalmente, é recomendado realizar cerca de 6 refeições por dia, sendo: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. Além disso, a ingestão de carboidratos energéticos antes de atividades físicas é fundamental.
O consumo de bebidas alcoólicas nunca deve ser feito em jejum, principalmente em pacientes diabéticos. Nessas pessoas também é importante sempre realizar o ajuste das doses dos medicamentos e insulina. Sendo assim, caso alguns dos sintomas apareçam, é bem provável que a dose esteja alta e precise ser abaixada. Procure um médico de confiança para esse processo.
Qual é o tratamento para a hipoglicemia?
Em casos suspeitos de hipoglicemia é recomendado oferecer glicose para o indivíduo imediatamente. Pode-se optar por um copo de água com açúcar, por exemplo, suco de frutas ou mel, que contém boa quantidade de açúcar e alimentos doces (como biscoitos e bolos). No entanto, é importante que a ingestão seja feita de forma lenta e em pequenas quantidades.
Em alguns casos, a pessoa está tão desorientada, nauseada ou até inconsciente, que não é possível realizar a ingestão de alimentos. Nesses casos, é recomendado levar o indivíduo a um serviço de urgência ou acionar o SAMU.
Normalmente, quadros mais graves ocorrem com glicose sanguínea abaixo de 30. O exame para diagnóstico é facilmente feito com apenas uma picada no dedo e o resultado é imediato. Isso é importante porque a glicose poderá ser oferecida diretamente na corrente sanguínea, revertendo o quadro mais rapidamente.
É aconselhável que pessoas diabéticas tenham o aparelho para estimar a glicemia em casa, pois uma das causas da hipoglicemia mais comuns são os remédios para o controle da doença.
Mas será que o colesterol, outro fator determinante para algumas doenças, também pode ser medido em casa? Saiba mais sobre o assunto!