Apesar de ser cercado de mitos, o diabetes é uma doença crônica e sem cura que, se for bem controlada, permite que o paciente leve uma vida ativa, saudável e feliz. Porém, as altas taxas de glicose concentradas no sangue podem evoluir para problemas sérios, conhecidos como complicações do diabetes.
Comer alimentos naturais, praticar atividades físicas regularmente, monitorar a glicemia com um medidor de glicose e ter acompanhamento de um endocrinologista são ações que devem fazer parte da rotina dos diabéticos, a fim de evitar danos irreversíveis ao organismo.
Se você é diabético ou conhece alguém que tenha a doença, continue a leitura e descubra quais são as complicações do diabetes e como elas podem ser evitadas!
Doença renal
Os rins são órgãos compostos por milhões de vasinhos sanguíneos, cuja função é remover os resíduos concentrados no sangue. Ao digerir alimentos, o organismo gera detritos que o corpo não vai utilizar. Assim sendo, as moléculas bem pequenas passam pelos capilares, seguindo para a urina.
Já as substâncias maiores, como as proteínas, apresentam moléculas maiores que continuam circulando no sangue. No caso dos diabéticos, o problema surge quando as altas taxas de açúcar no sangue promovem grande filtragem do plasma, sobrecarregando os rins e fazendo com que as moléculas de proteínas sejam perdidas na urina.
Quando a presença de pequenas quantidades de proteínas na urina — conhecida como microalbuminúria — é detectada em estado inicial, pode ser indicado o uso de diversos tratamentos para evitar o progresso da doença.
No entanto, se o diagnóstico é de macroalbuminúria, a doença renal é considerada terminal, pois o estresse da sobrecarga faz com que os órgãos percam a capacidade de filtragem. Nesse caso, o paciente vai necessitar de um transplante ou sessões regulares de hemodiálise.
Os sintomas
Como os sintomas não são específicos, eles podem ser confundidos com outras doenças. Entretanto, inchaço, fraqueza, falta de apetite, dificuldade de concentração e dor de estômago podem ser indícios de insuficiência renal.
Para prevenir a microalbuminúria, é necessário controlar rigorosamente a glicemia. Além disso, controlar a pressão, manter o peso adequado, não beber álcool, não fumar e fazer exercícios físicos podem ajudar bastante a combater o problema. Em alguns casos, é feita a prescrição de medicamentos específicos.
Problemas nos pés
Um simples problema nos pés pode evoluir para uma série de complicações para o diabético, sendo a mais comum a neuropatia — nervos danificados — e a má circulação. Formigamento, ardência, fraqueza e falta de sensibilidade são os sinais de agravamento do problema.
Ademais, a neuropatia pode se apresentar como modificações na forma dos pés, assim como nos dedos. Por isso, é importante ter cuidados específicos com os pés, fazendo a pedicure no podólogo de extrema confiança para evitar fungos e infecções, e também pedir orientações ao médico sobre sapatos terapêuticos, feitos especialmente para pessoas portadoras da doença.
Amputações
Muito se ouve falar sobre amputações de pernas e pés dos diabéticos. Mas por que isso acontece? O diabetes promove a doença arterial periférica, que reduz o fluxo de sangue para os pés. Ainda, pode haver perda de sensibilidade ocasionada pela falta de controle da glicemia.
Ambas as condições podem levar o paciente a ter que amputar os pés por conta de uma simples infecção. Também é importante ressaltar que diabéticos fumantes têm mais chances de terem os membros amputados, uma vez que o cigarro atinge seriamente o sistema circulatório. Caso você fume, procure por tratamentos antitabagistas agora mesmo, pois sempre é tempo de reverter o pior!
Retinopatia diabética
Se a taxa de glicose no sangue está bem controlada, dificilmente o paciente vai apresentar problemas oculares, sendo que muitas vezes isso nem vai acontecer. Contudo, é bom estar ciente que o diabético tem mais chances de ficar cego que as demais pessoas, caso não tenha a doença sob controle.
O olho consiste em uma esfera coberta por uma membrana externa curva e clara. A área curva é a córnea, cuja função é focar e proteger o olho. Depois de atravessá-la, a luz atinge a câmara anterior, preenchida pelo humor aquoso.
Em seguida, chega ao cristalino e depois atinge a retina, que grava as imagens e converte-as em sinais elétricos, posteriormente decodificados pelo cérebro. A parte da retina especializada em identificar detalhes finos, conhecida como mácula, é irrigada por vasos sanguíneos, podendo ser alvo das complicações do diabetes.
Sintomas
Muitas vezes, os sintomas são silenciosos, porém caso perceba alguns dos sinais abaixo, você deve procurar imediatamente um oftalmologista:
- visão embaçada;
- manchas na visão;
- flashes de luz;
- perda repentina da visão.
Além de medir a glicose no glicosímetro frequentemente, praticar atividades físicas e ter uma alimentação equilibrada, é importante consultar o oftalmologista pelo menos uma vez ao ano, a fim de acompanhar as alterações na visão.
Problemas cardiovasculares
Doença cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC) estão entre as principais complicações do diabetes, já que podem matar precocemente os pacientes diabéticos. Elas são decorrentes de problemas ocasionados pela má circulação sanguínea, caso as taxas de glicose no sangue estejam sempre elevadas.
O fato se deve ao favorecimento da formação de coágulos sanguíneos, pois o plasma se torna mais pegajoso, fazendo com que coagule mais rápido e, consequentemente, causando pequenos vazamentos nos vasos. Além disso, os diabéticos tendem a ter níveis mais elevados de colesterol ruim (LDL), mais baixos do bom (HDL) e altas taxas de triglicérides, cuja combinação vai favorecer o endurecimento das artérias.
O acúmulo de depósitos de gorduras nas paredes das artérias vai reduzir o fluxo sanguíneo para o cérebro, o coração e os rins, provocando coágulos caso a placa se rompa.
Prevenção
Para prevenir as complicações do diabetes, como infarto e AVC, é importante atentar-se às seguintes medidas:
- manter as taxas de glicose entre 70 mg/dl e 100 mg/dl, sendo tolerável até 110 mg/dl em jejum, e na faixa de 140 mg/dl até duas horas após as refeições;
- manter a pressão arterial controlada, segundo as orientações médicas;
- manter o LDL em níveis iguais ou inferiores a 100 mg/dl. Caso o número seja maior que 130 mg/dl, é recomendado usar medicação apropriada, receitada pelo médico.
Ao entender quais são as principais complicações do diabetes e tornar-se consciente dos riscos que podem prejudicar a saúde do organismo, você vai trocar os maus hábitos por ações mais saudáveis no dia a dia, não é mesmo? Então, não perca tempo e comece a se cuidar melhor agora mesmo. Você pode e merece ser feliz!
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